Nem sempre uma moto é sucesso de vendas assim que é lançada. Um exemplo é o modelo xt 660 da Yamaha. Lançado em 2008, esse modelo vendeu apenas 3 mil unidades em todo o território nacional. Porém, mesmo depois que a fábrica parou de comercializar esse modelo, ele continua sendo muito buscado por amantes de veículos sobre duas rodas.

Esse paradoxo é muito comum, acontece muitas vezes, inclusive, com outros modelos de outras marcas. Uma das explicações dadas pelas empresas é que o custo para produzir não vale o retorno dado pela marca. Em um mundo onde o monopólio é objetivo e sem as taxas de lucros garantidos por um mercado consumidor considerável, essa explicação faz sentido.

Porém, as empresas se esquecem da fidelidade de alguns clientes. Algo que está sendo notado por empresas que vem lançado serviços de assinaturas. O consumo pode ser constante e não apenas pontual, como era antigamente. Os amantes de motos que o digam. Eles gostam tanto desses veículos dispostos a pagar milhares de reais para obter motos que nem sequer são fábricas mais.

Memória afetiva

Umas das explicações para esse sucesso de algumas razões entre um seleto grupo está na memória afetiva. Esse sentido biológico único da natureza humana é ativado sempre que entramos em contato com algum cheiro, som, imagem que nos remete a memórias vivenciadas em outros momentos de nossas vidas.

Ao nos depararmos com uma moto muito antiga somos pegos de surpresa por um sentimento de admiração e de desejo. Isso acontece porque, provavelmente, passamos uma boa fase da nossa infância vendo essas mesmas motos sendo pilotadas por adultos. E o sentimento normal de toda criança é querer um desses símbolos de liberdade,

Com isso, a memória acaba guardar um lugar especial para esses objetivos. Mesmo após anos sem ter contato com o mesmo objetivo, no primeiro momento que ele reaparece diante de nossos olhos, as mesmas sensações que tínhamos quando criança, volta à tona para nos preencher. É a memória afetiva que move, principalmente, os colecionadores.

Custo benefício

Em outros casos, a questão do custo também é considerada por esses amantes de motos antigas. Hoje, a maioria dos veículos é feito de partes degradáveis, como plástico e outros materiais menos resistentes, por conta da necessidade de baratear o custo da produção. Vale ressaltar que essa é uma prática moderna.

Nas motos mais antigas, por exemplo, o material era mais resistente e as chances de uma moto antiga para na revisão eram baixíssimas, principalmente quando comparada com as motos de hoje em dia. Por conta disso, ainda hoje muitas pessoas preferem investir em algo mais resistente do que comprar esses novos veículos que virão e mexem com alguma peça quebrada.

Além disso, é possível encontrar velhas motos a um preço baixo em ferros velhos ou velhos depósitos familiares. O que pouca gente sabe é que é possível reformar essas motos e deixá-las com cara de nova, com pouco dinheiro. Assim, motos antigas passam a se tornar um investimento que a longo prazo podem render um bom lucro, ao serem vendidas para colecionadores.

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